terça-feira, 22 de julho de 2014

Sou Hater... Or Nah - Capítulo 1

Cap. 1
Ola.. meu nome é Vanessa Howder, e eu tenho 17 anos. Moro no Brasil com a minha irmã  Yasmin Howder, de 15 anos, que é completamente diferente de mim, ela é loira com cabelo liso de olho verde e eu sou morena com cabelo cacheado de olho castanho muito, muito escuro, mas nós nos identificamos na hora de colorir ele, ela tem californiana azul no cabelo e eu tenho californiana verde-água. Também moramos com nossa irmã mais nova, Emily, que tem 7 anos, e parece uma mistura das duas mais velhas, cabelo moreno e ondulado de olhos verdes cintilantes, ela sim é fruto do amor de nossos pais, minha mãe casou com o pai de Yas e por isso a extrema diferença entre nós (que é só na aparência).
Essa semana nós vamos juntas para Londres fazer intercâmbio por 4 meses, e como ela ama aquela banda lá One Direction, eu vou ter que ir junto com ela no Meet & Greet deles ( mesmo ela sendo só dois anos mais nova do que eu e podendo ir sozinha pra onde ela quiser, nossos pais dizem que é bom eu acompanhar ela em um momento tão importante como esse e fazer o papel de irmã mais velha que deveria ser meu dever), a viagem é amanha e acabamos de arrumar nossas malas, eu com a minha coleção de toucas e bonés e ela com sua coleção de maquiagem e etc, eu não sou muito fã dessas coisas, mas as vezes é bom para disfarçar a cara de zumbi. A Yasa (é assim que eu chamo ela) gosta de algumas coisas que são modinha, mas eu concordo com ela apensa quando diz que amamos Jogos Vorazes e Magcon, mas em geral, a gente se dá super bem e essa viagem é a dos nossos sonhos. Lá eu vou estudar Música e ela Teatro, e vamos voltar em seis meses.
— FILHAAAA VEM AQUI ATENDER ESSE TELEFONE POR QUE EU TO OCUPADA! — grita minha mãe pouco escandalosa que faz com que eu me mova da bancada da cozinha e vá até a sala pegar o telefone.
— Pronto mãe, cheguei. — pressiono o botão para atender a ligação e escuto a voz da mulher que cuida da nossa viagem — Alô?
— Olá — diz a voz feminina — senhorita Vanessa Howder ou senhorita Yasmin Howder estão?
— Aqui é a Vanessa Howder... algum problema?
— Ah, olá senhorita Vanessa. Só estou ligando para dizer que infelizmente a faculdade que dissemos que iriam fazer, foi fechada pelo Ministério da Educação de Londres, por motivo para nós, até agora, desconhecido.
— Mas... e agora?
— Pelo problema não ser com pagamentos, bancaremos sua viagem e a de sua irmã, mas não farão a faculdade... praticamente ficarão lá apenas para conhecer. E também receberão o dinheiro da bolsa que prometemos, que será aumentado devido ao problema ocorrido.
— Serio?!
— Quem é filha? — pergunta minha mãe estranhando meu comportamento.
— Espera mãe, depois eu falo — respondo.
— Totalmente sério senhorita, o aumento será um terço do preço da faculdade, que é, em euros $400,00.
Meu queixo cai ao perceber que receberemos €1.400,00 o qué é considerado bastante para mim e para Yasa,  já que o apartamento que alugamos lá é €200,00 e tem dois quartos, (o que já está de ótimo tamanho para nós, e com um preço maravilhoso) vai sobrar uns €1.200,00... MEU DEUS!
— Meu Deus... ahn... muito obrigada... ah e... não alterou nada mais além disso não é?
— Está tudo como antes, o horário da viagem às 8 horas da manhã, e tudo continua o mesmo.
— Muito obrigada... por tudo.
— Por nada senhorita... tenha uma boa noite, e uma boa viagem amanhã.
— Obrigada, uma boa noite para você também.
Desligo o telefone e vejo minha mãe e Yasa me encarando como se estivesse com um chapéu de frutas afrodisíacas nele e sambando num salto de 10 centímetros (ou seja, cara de espanto)
— Quem era no telefone Bam? — pergunta Yasa me chamando pelo apelido de sempre.
— A mulher que cuida da nossa viagem lá... — respondo.
— E por que ela ligou agora? — agora foi a vez de minha mãe.
— Ela me disse que a faculdade que a gente ia fazer foi fechada.
— MAS E AGORA?! — surta minha irmã.
— Calma... ela disse que eles vão bancar a viagem inteira e que nós vamos receber $1.400,00.
— Sério?! Mas o que a gente vai fazer lá então?
— Conhecer Londres... sei lá.
— Tomem cuidado, pelo amor de Deus! Já que não vão estar lá para aprender, pelo menos aproveitem já que a viagem não foi cancelada. — diz minha mãe.
— E tomem cuidado com os meninos! — grita meu pai da cozinha.
Eu e Yasa nos entreolhamos e respondemos em coro um “Pode deixar” bem sonoro.
— Então vão descansar, vão. — dizem nossos pais.
— Antes eu preciso comer. — digo.
— Como sempre né querida! — fala minha irmã com ironia.
— Ah, vai lá com o Harry e me deixa com a minha comida.
Me dirijo até a cozinha e encontro meu pai tomando café, vou até a geladeira, pego uma garrafa de Pepsi de 600ml e vou até os armarios para pegar a batata palha, coloco-a em um pote e sento na bancada. Meu pai termina de comer, me deseja boa noite e vai dormir, olho no relógio e são 23 horas.
— Está ansiosa Bam? — pergunta minha irmã diva vindo em minha direção.
— Um pouco... e você?
— Muito. — responde brevemente.
— Quer? — estico o braço em sua direção com a pepsi e aponto a batata em cima da bancada.
— Quero um gole em um pouco de batata.
— Pega uma cadeira pra não ficar de pé.
- Okay — diz ela pegando a cadeira mais próxima — Bam...
— Fala.
— Você acha que os meninos da 1D vão gostar me mim?
— Claro! Olha só pra você! Super animada, legal, divertida, engraçada, bonita e bonita de novo.
— Ah Bam... você fala isso por que é minha irmã e...
— E nada menina. Eu sou tua irmã mais velha e eu falo que eles vão gostar de você sim.
Fiz uma careta e começamos a rir. Terminamos de comer as batatas em “silêncio” (silêncio entre aspas por que nós não parávamos de rir por causa... de tudo) e logo depois voltamos a conversar:
— Ou pruança (piadinha interna que é igual a criança, ((ela errou a pronúncia)) vocês entendem) o quê você acha de nós fazermos patê de Toddy no nosso último dia aqui no Brasil nos próximos seis meses? — inicio a conversa.
— Pode ser!
Desço da bancada e vou em direção a geladeira para pegar o leite e depois vou até os armários e pego o Toddy.
— Pega as canecas please. — peço. — já que você não tá fazendo nada né...
— Eu estou te dando apoio moral... afinal... você que vai cozinhar pra gente lá. Vai, apoio moral: VAI BAM, VAI BAM, ME DA UM V, ME DA UM A, ME DA UM N, ME DA UM E, ME DA UM S, ME DA OUTRO S, ME DA UM A, O QUÊ QUE DÁ? VANEEEEESA UHUH.
— Cala a boca ou eu coloco pimenta no teu patê.
— Nossa... não gostou do meu apoio moral?
— Pra falar a verdade, eu odiei. — digo pegando as canecas de sua mão — Pega as colheres ali por favor, obrigada.
Ela vai em direção às colheres, que ficam numa gaveta no lado oposto de onde estávamos, e durante essa travessia (“travessia” que coisa mais formal) ela encontrou um tapete que sempre esteve lá, (só pra avisar, vocês já devem saber o que aconteceu) mas dessa vez ela não o viu e tropeçou nele e simplesmente tentou disfarçar, mas quando foi se apoiar em alguma coisa que ela viu lá (que eu não vi), ela caiu parecendo um filhote de tartaruga que não consegue se virar por causa do casco (... melhor eu calar a boca) e eu não fiz nada diferente disso:
— HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA AI MEU DEUS HAHAHAHA DO CÉU HAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHAHA PERA... tá tudo bem?
— Ah, obrigada por me ajudar a levantar querida irmã mais velha que ajuda a irmã mais nova a se levantar. E você sabe que eu sou pata, que nem você (sad face).
— Vem cá Yasta. — digo a chamando de outro apelido carinhoso que eu inventei na hora. — Só não cai mais, e deixa que EU pego as colheres...
Ajudei-a a se levantar e peguei as colheres para terminar de fazer o doce, e quando acabei, fui para a sala com ele na mão. Ao chegar lá percebo que Emily está sentada no sofá assistindo TV, numa hora em que pensei que ela já estava dormindo... oush.
— Mily, você não devia estar dormindo uma hora dessas? Já está tarde pra uma menina de 7 anos estar acordada...
— Bame é que eu tive um pesadelo e como a mamãe e o papai já estão dormindo, eu não quis acordar eles.
— Okay, você quer dormir comigo hoje? Eu te juro que lá nenhum monstro pode te pegar.
— Ahaaaaaaam! Bame... eu vou sentir saudade de você e da Yasa... — diz ela me abraçando.
—Opa, escutei meu nome. — Yasa aparece atrás do sofá dando um susto em nós duas.
—  A Mily estava falando que vai sentir nossa falta... — digo.
— Diz pra ela que eu também vou sentir saudade, e muita.
— Você escutou né Mily? Eu também vou sentir saudade, assim como a Yasa, muita pode ter certeza, e de lá a gente vai falar com você pelo Skype e vamos mortrar pra vocês como que é o Canadá e vou trazer muitos presenter pra todo mundo. — completei.
— Bom, agora você precisa dormir pequena. Já está tarde e todos nós vamos ter que acordar cedo, mais ou menos umas 6 e meia.
— SEIS E MEIA?!?! — praticamente grita nossa pequena irmã.
— Sim — respondemos em coro.
— Está bom... então eu já vou deitar.
— Vai lá pro meu quarto que eu jajá vou pra lá.
— Okay, boa noite.
Ela nos abraça o mais forte que seus pequenos braços conseguem e da um beijo em nossas bochechas, e é nesse momento que eu percebo que irei sentir sua falta mais que tudo. Digo para Yasa que tenho que ir dormir junto com Mily para evitar que tenha mais pesadelos e desejo-lhe (gente como estou formal) uma boa noite e digo que é para que arrume todos os detalhes e para que deixe tudo em ordem para que amanha ocorra tudo como planejado e no horário certo. Subo pro meu quarto e lá encontro minha irmãzinha me esperando deitada na cama abraçando nosso cachorro (de verdade) que se chama Becky, e eu tinha esquecido de falar sobre ele pra vocês... mas okay.
— Cuidado pra não sufocar o coitado Mily. — aviso antes que isso realmente aconteça né...
— Eu não vou sufocar ele Bame.
— Okay então, vamos dormir.

Apago a luz e acendo um abajur para que não fique completamente escuro, e me deito junto com ela, a abraçando forte e recebendo outro abraço em troca. Finalmente me acalmo e consigo dormir para que amanhã minhas energias estejam renovadas, aliás, é um dos dias mais importantes para mim. Não acredito que estarei realizando meu sonho e o de minha irmã ao mesmo tempo.

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